Há uma grande dificuldade em definir o que é design thinking (DT) e sua origem. Nesta ferramenta, DT é um método que pode ser aplicado por qualquer empreendedor. Mas o empreendedor deveria absorver o DT como uma filosofia de desenvolvimento de negócio. Grandes empreendedores eram design thinkers quando este termo ainda nem existia, daí a dificuldade em definir sua origem. Mas o termo só ganhou popularidade no mundo com o trabalho da Ideo , uma renomada consultoria, inicialmente de design, agora em DT ou Human Centered Design (HCD), novo termo cunhado pela empresa. O objetivo do DT é desenvolver uma experiência de consumo que seja (altamente) desejável pelo consumidor, viável tecnologicamente e rentável para o negócio.
O uso do DT por empreendedores exige um comportamento de certa forma antropológico para analisar sem nenhum preconceito e por diversas perspectivas cada interação do cliente com o produto ou serviço trabalhado. Também é importante que o empreendedor convide outras pessoas de diferentes perfis, idades, formações e vivências para participar do projeto de DT. Quanto mais heterogêneo o grupo for, melhores poderão ser os insights (novas ideias, boas sacadas, observações inéditas).
INDICADO PARA negócios de todos os portes que tenham interesse em criar experiências de consumo altamente desejadas por seus clientes.
SERVE PARA empreendedores desenvolverem melhores experiências de consumo.
É ÚTIL PORQUE permite ampliar o conhecimento sobre o consumidor e sugere como transformar as informações obtidas em negócios mais rentáveis.
Como usar
A ferramenta DT para Empreendedores é um método dividido em quatro etapas: indicação, inspiração, ideação e implementação.
Indicação: É o briefing do projeto. É preciso indicar/esclarecer o objetivo para todos os envolvidos. Também é preciso tomar cuidado para não ter um briefing que limite a criatividade, que iniba inovações. Pode ser um novo produto ou serviço. Mas também pode rumar para um novo modelo de negócio, um novo sistema ou mesmo um negócio inteiro totalmente inédito para a empresa. Por que não? Mas é importante ter critérios de avaliação, além do entendimento do processo de DT.
Inspiração: O objetivo desta etapa é coletar o máximo possível de insights. É preciso entrar em contato com os clientes (ouvindo, observando, questionando, vivenciando sua rotina etc.) para entender quais são suas experiências atuais de consumo, o que gostam/não gostam, o que poderia ser melhorado. Esta é a etapa mais importante, pois nem todos têm uma ampla capacidade analítica de observação. Uma ou duas boas sacadas podem contribuir para o desenvolvimento de uma experiência de consumo muito mais desejável. A palavra-chave desta etapa é antropologia, com o entendimento amplo do ser humano e de sua relação com as outras pessoas e com o produto/serviço estudado.
Ideação: Em inglês, esta é a fase da ideation, que corresponde à etapa de geração de ideias de experiências, características e benefícios do produto ou serviço alvo do projeto. No processo, há uma etapa de abertura para todas as ideias atreladas aos insights da fase anterior e uma fase de fechamento em que a(s) melhor(es) ideia(s) deve(m) ser transformada(s) em protótipo(s) e validada(s) previamente com algumas pessoas do mercado-alvo. O resultado principal desta fase é validar a experiência desejada por meio de protótipos.
Implementação: Com o protótipo pronto e validado, define-se a experiência final e inicia-se a fase de planejamento do projeto de implementação (lançamento) do produto ou serviço. De todas as fases, esta é que recebe menos atenção dos especialistas – isso quando recebe. Em algumas referências, o DT termina nas etapas de prototipagem e/ou teste. Dessa forma, esta fase é complementada com outras técnicas que são úteis para o momento.
Download
Baixe instruções e conteúdo completo em https://alanbruno.com.br/dte.
Material originalmente publicado em http://movimentoempreenda.com.br e elaborado por Marcelo Nakagawa (professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper).